Showing posts with label Outros Textos. Show all posts
Showing posts with label Outros Textos. Show all posts

Thursday, 23 October 2014

O que Distingue um Amigo Verdadeiro

O que Distingue um Amigo Verdadeiro

Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.

Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c. 

Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'

Saturday, 23 August 2014

I choose my friends ...

http://speakforchange.org/wp-content/uploads/2011/05/friends-hands-2.jpg
  
I choose my friends not by their skin or other archetype, but by the pupil.
They have to have questioning shine and unsettled tone.
I'm not interested in the good spirits or the ones with bad habits.
I'll stick with the ones that are made of me being crazy and blessed.
From them, I don't want an answer, I want to be reviewed.
I want them to bring me doubts and fears and to tolerate the worst of me.
But that only being crazy.
I want saints, so they dount doubt differences and ask for forgiveness for injustices.
I choose my friends for their clean face and their soul exposed.
I don't just want a man or a skirt, I also want his greatest happiness.
A friend that doesn't laugh together doesn't know how to cry together.
All my friends are like that, half foolish, half serious.
I don't want foreseen laughter or cries full of pity.
I want serious friends, those that make reality their fountain of knowledge, but that fight to keep fantasy alive.
I don't want adult or boring friends.
I want half kids and half elderly.
Kids, so they don't forget the value of the wind blowing on their faces and elderly people so they're never in a hurry.
I have friends to know who I am.
Then seeing them as clowns and serious, crazy and saints, young and old, I will never forget that 'normalcy' is a sterile and imbecile illusion.
 Oscar Wilde

Friday, 17 January 2014

Doença da saudade

http://p3.publico.pt/node/9775

Doença da saudade

"Sofro da doença da saudade…" — ouvi há tempos de uma senhora de 86 anos. Tentei explicar-lhe que a saudade não era uma doença, mas depois da sua explicação, acabei por concordar com ela
Texto de Bárbara Matias •

"Sofro da doença da saudade…" — ouvi há tempos de uma senhora de 86 anos. Tentei explicar-lhe que a saudade não era uma doença, mas depois da sua explicação, acabei por concordar com ela.

"Tenho saudades do tempo em que podia fazer tudo sozinha, em que sabia fazer tudo sozinha. Sobretudo, tenho saudades do tempo em que nunca estava sozinha. É uma doença que afecta principalmente as pessoas da minha idade. Tem cura, mas deve ser cara, porque ainda ninguém se curou dela! A viuvez é um dos sintomas, assim como o partir dos filhos para a cidade.

Os filhos por lá têm os netos e para cá pouco os trazem. Os que (ao contrário de mim) estão perto, ainda os ajudam a criar, mas depois a dor dobra. Perdem-se os filhos e os filhos dos filhos, que são nossos filhos a dobrar.

Vai-se piorando quando nos apercebemos de que eles só voltam no Natal e nos anos. E quando já se fizeram muitos (anos), nós deixamos de os contar e eles de se lembrar que os fizemos.

Depois, outras doenças, como a crise, entram na nossa casa e acabam por se alojar no nosso corpo.

O problema da crise é que ela entra em conflito com a medicação que até lá tomávamos e somos obrigados a parar. Ao parar os medicamentos, nós paramos.

Eu deixei de ir ver a Emília, que mora a duas casas da minha, que as pernas desistiram de se arrastar. Deixei de ver o Goucha e a Cristina, que a visão turvou. Deixei de me baixar para alimentar o bichano, que o chão fugia-me. Percebi, nessa altura, que a saudade atingira o seu pico.

Desde então, agarro-me às fotografias. Sei que pioram o meu estado, mas gosto de me lembrar de quem fui e do que tive. Não para quantificar o que perdi, mas para valorizar o que a vida me deu até aqui.

E estamos quase Natal, menina! O Natal está para a saudade como Agosto está para a crise. Acalmamos algo que vai voltar com mais força, quando já não temos forças para uma recaída. Triste é saber que, no final, vamos resistir a essa recaída e, ao resistir-lhe, resistimos mais um ano.

No meu caso, vou enganando a doença com mezinhas. Às vezes aparecem uns senhores de uma associação da terra cá em casa. Perguntam-me como estou, esperam para ouvir a resposta e sinto-me logo melhor. Mas à noite, à noite fico sozinha e a alma dói-me. O corpo não me preocupa. Escorre-me uma água salgada pelos olhos e isso, menina, isso já não me dói!"

Concordei. A saudade é uma doença dos nossos dias.

Saturday, 4 January 2014

La gente a menudo no es razonable, es ilógica y egoísta

http://sergiocarol.blogspot.pt/2011/11/la-gente-menudo-no-es-razonable-es.html


“La gente a menudo no es razonable, es ilógica y egoísta; perdónalos de todas formas. Si eres amable, la gente puede acusarte de egoísta o tener intenciones ocultas; sé amable de todas formas. Si tienes éxito, te ganarás algunos falsos amigos y algunos verdaderos enemigos; ten éxito de todas formas. Si eres honesto y franco, la gente puede engañarte; sé honesto y franco de todas formas. Lo que tú puedes estar años construyendo, alguien podría destruirlo en una noche; construye de todas formas. Si encuentras la serenidad y felicidad, la gente puede sentir celos de ti; se feliz de todas formas. El bien que haces hoy, la gente posiblemente lo olvidará mañana; haz el bien de todas formas. Da al mundo lo mejor que tengas, e incluso podría no ser suficiente; da al mundo lo mejor que tengas de todas formas. Sabes, en el análisis final, se trata de algo entre Dios y tú; nunca entre tú y la gente de todas formas.”
Madre Teresa de Calcutá

Tuesday, 14 May 2013

It comes a point in our lives... CASTLE

http://www.psihologieoravita.ro/uploads/stiri/alee_in_parc.jpg


"It comes a point in our lives where we have to stop fooling ourselves of thinking life's gonna be the way we want it to be and start seeing things for how they really are" #Castle S5C24

Monday, 29 April 2013

He aprendido que en ocasiones hay que arriesgar...



"He aprendido que en ocasiones hay que arriesgar para que las cosas salgan bien, y que alguna vez para conseguir un sueño hay que seguir un camino incierto, pero que caer es solo parte del juego,y el unico secreto esta en volver a levantarse, y afortunadamente uno no esta solo del todo. Que aunque aveces nos parezca que nada tiene sentido, la vida, siempre encuentra la forma de seguir adelante.Tambien he comprendido, que alguna vez hay que romper con el pasado para conseguir lo que queremos, y aunque toda ruptra nos causa dolor,solo al alejarnos entenderemos que lo que hoy nos parece el final, mañana sera el principio de otra historia."

Lo escuche en Hospital Central y me encanto (S18E03)

Tuesday, 12 February 2013

No me interesa, Khalil Gibran

No me interesa, Khalil Gibran
No me interesa cómo te ganas la vida. Quiero saber lo que ansías, y si te atreves a soñar y alcanzar lo que tu corazón anhela.


No me interesa tu edad. Quiero saber si te arriesgarías a parecer un tonto por amor, por tus sueños, por la aventura de estar vivo.

No me interesa qué planetas cuadran con tu Luna. Quiero saber si has llegado al centro de tu propia tristeza, si las traiciones de la vida te han abierto o si te has marchitado y cerrado por miedo a sufrir.
Quiero saber si puedes vivir con el dolor, el mío o el tuyo, sin tratar de disimularlo, de atenuarlo o esconderlo.


Quiero saber si puedes experimentar con plenitud la alegría, la mía o la tuya, si puedes bailar con frenesí, dejar que éxtasis te llegue a la punta de los dedos de los pies y de las manos sin que tu prudencia te llame a ser cuidadoso, a ser realista, a recordar las limitaciones de nuestra condición humana.

No me interesara si lo que me cuentas es cierto. Quiero saber si puedes decepcionar a otra persona para serte fiel a ti mismo, si podrías soportar la acusación de traición para no traicionar a tu propia alma.

Quiero saber si puedes ver la belleza, aun cuando no se muestre como agradable, cada día, y si puedes hacer que tu propia vida surja de su presencia.

Quiero saber si puedes vivir con el fracaso, el tuyo y el mío, y de pie en la orilla del lago gritarle a la plateada forma de la luna llena: "¡Sí!".

No me interesa saber dónde vives ni cuánto dinero tienes. Quiero saber si puedes levantarte después de una noche de desesperanza, agotado y magullado hasta los huesos, y hacer lo que sea necesario para alimentar a tus hijos.

No me interesa saber a quién conoces ni cómo llegaste hasta aquí. Quiero saber si te quedarás en el centro del fuego conmigo.

No me interesa saber ni dónde ni cómo ni con quién estudiaste. Quiero saber lo que te sostiene, desde el interior, cuando todo lo demás se derrumba.

Quiero saber si puedes quedarte a solas contigo mismo, y si de verdad aprecias tu propia compañía en los momentos de vacío.

Primera vez que leí este texto fue en el instagram de Lorena Meritano. La última frase en este momento es mejor ni contestarla.

Retirado de http://totamor.blogspot.pt/2011/12/no-me-interesa-khalil-gibran.html

Thursday, 22 November 2012

Fiona Apple’s Moving Letter To Fans About Her Ailing Dog, Janet.

Fiona Apple’s Moving Letter To Fans About Her Ailing Dog, Janet.


Today’s cool thing of the day isn’t so much “cool” as in “hey that’s fun”, but more that I think it’s so cool that Fiona Apple shared so much about the painful reason she’s postponing her South American Tour. The reason is so she can be there when her best friend, her dog Janet, “stops being a dog, and instead, [becomes] part of everything.” But as her moving, four-page, handwritten letter makes clear, Janet is no ordinary dog. And the letter makes clear what we kind of already know, Fiona Apple is no ordinary songwriter.

Here’s the text of that letter:

It’s 6pm on Friday,and I’m writing to a few thousand friends I have not met yet.
I am writing to ask them to change our plans and meet a little while later.
Here’s the thing.
I have a dog Janet, and she’s been ill for almost two years now, as a tumor has been idling in her chest, growing ever so slowly. She’s almost 14 years old now.I got her when she was 4 months old. I was 21 then ,an adult offi

cially - and she was my child.
She is a pitbull, and was found in Echo Park, with a rope around her neck, and bites all over her ears and face.
She was the one the dogfighters use to puff up the confidence of the contenders.
She’s almost 14 and I’ve never seen her start a fight ,or bite, or even growl, so I can understand why they chose her for that awful role. She’s a pacifist.
Janet has been the most consistent relationship of my adult life, and that is just a fact.
We’ve lived in numerous houses, and jumped a few make shift families, but it’s always really been the two of us.
She slept in bed with me, her head on the pillow, and she accepted my hysterical, tearful face into her chest, with her paws around me, every time I was heartbroken, or spirit-broken, or just lost, and as years went by, she let me take the role of her child, as I fell asleep, with her chin resting above my head.
She was under the piano when I wrote songs, barked any time I tried to record anything, and she was in the studio with me all the time we recorded the last album.
The last time I came back from tour, she was spry as ever, and she’s used to me being gone for a few weeks every 6 or 7 years.
She has Addison’s Disease, which makes it dangerous for her to travel since she needs regular injections of Cortisol, because she reacts to stress and to excitement without the physiological tools which keep most of us from literally panicking to death.
Despite all of this, she’s effortlessly joyful and playful, and only stopped acting like a puppy about 3 years ago.
She’s my best friend and my mother and my daughter, my benefactor, and she’s the one who taught me what love is.
I can’t come to South America. Not now.
When I got back from the last leg of the US tour, there was a big, big difference.
She doesn’t even want to go for walks anymore.
I know that she’s not sad about aging or dying. Animals have a survival instinct, but a sense of mortality and vanity, they do not. That’s why they are so much more present than people.
But I know that she is coming close to point where she will stop being a dog, and instead, be part of everything. She’ll be in the wind, and in the soil, and the snow, and in me, wherever I go.
I just can’t leave her now, please understand.
If I go away again, I’m afraid she’ll die and I won’t have the honor of singing her to sleep, of escorting her out.
Sometimes it takes me 20 minutes to pick which socks to wear to bed.
But this decision is instant.
These are the choices we make, which define us.
I will not be the woman who puts her career ahead of love and friendship.
I am the woman who stays home and bakes Tilapia for my dearest, oldest friend.
And helps her be comfortable, and comforted, and safe, and important.
Many of us these days, we dread the death of a loved one. It is the ugly truth of Life, that keeps us feeling terrified and alone.
I wish we could also appreciate the time that lies right beside the end of time.
I know that I will feel the most overwhelming knowledge of her, and of her life and of my love for her, in the last moments.
I need to do my damnedest to be there for that.
Because it will be the most beautiful, the most intense, the most enriching experience of life I’ve ever known.
When she dies.
So I am staying home, and I am listening to her snore and wheeze, and reveling in the swampiest, most awful breath that ever emanated from an angel.
And I am asking for your blessing.

I’ll be seeing you.
Love, Fiona

Thursday, 19 July 2012

People...



"People are often unreasonable and self-centered. 
Forgive them anyway.
If you are kind, people may accuse you of ulterior motives. 

Be kind anyway.
If you are honest, people may cheat you. 

Be honest anyway.
If you find happiness, people may be jealous. 

Be happy anyway.
The good you do today may be forgotten tomorrow. 

Do good anyway.
Give the world the best you have and it may never be enough. 

Give your best anyway.
For you see, in the end, it is between you and God. 

It was never between you and them anyway."

Madre Teresa

Thursday, 5 July 2012

Aquel día decidí triunfar


“Y así, después de tanto esperar, un día como cualquier otro decidí triunfar.
Aquel día decidí triunfar...

Decidí no esperar a las oportunidades, sino yo mismo buscarlas. Decidí ver cada problema como la oportunidad de encontrar la solución. Decidí ver cada desierto como la oportunidad de encontrar un oasis. Decidí ver cada noche como un misterio a resolver. Decidí ver cada día como una oportunidad para ser feliz.
Aquel día descubrí que mi único rival no era más que mis propias debilidades, y que en éstas se encuentra la única y mejor forma de superarme.
Aquel día dejé de temer perder y empecé a temer no ganar. Descubrí que yo no era el mejor y que quizá nunca lo fui. Me dejó de importar quién ganara o perdiera; ahora me importa simplemente saberme mejor que ayer.
Aprendí que lo difícil no es llegar a la cima, sino estar siempre subiendo.
Aprendí que el mejor triunfo que puedo lograr es el derecho de llamar a alguien “Amigo”.
Descubrí que el amor es más que un simple estado de enamoramiento; el amor es una filosofía de vida.
Aquel día dejé de ser el reflejo de mis escasos triunfos pasados y empecé a ser mi propia tenue luz de este presente. Aprendí que de nada sirve ser luz si no vas a iluminar también el camino de los demás.
Aquel día decidí cambiar tantas cosas…
Aquel día aprendí que los sueños son solamente para hacerse realidad.
Desde aquel día ya no duermo para descansar… ahora simplemente duermo para soñar.”
—Walt Disney





Gracias al blog de: http://www.davidrojasosuna.es/2012/02/aquel-dia-decidi-triunfar/

Tuesday, 3 April 2012

If I had my life to live over...



Of course, you can’t unfry an egg, but there is no law against thinking about it.

If I had my life to live over, I would try to make more mistakes.
I would relax. I know of very few things that I would take seriously.
I would go more places. I would climb more mountains and swim more rivers.
I would eat more ice cream and less bran.
I would have more actual troubles and fewer imaginary troubles.
You see, I have been one of those fellows who live prudently and sanely, hour after hour, day after day.
Oh, I have had my moments. But if I had it to do over again, I would have more of them – a lot more.
I never go anywhere without a thermometer, a gargle, a raincoat and a parachute.
If I had it to do over, I would travel lighter.
If I had my life to live over, I would pay less attention to people telling us we must learn Latin or History; otherwise we will be disgraced and ruined and flunked and failed.
I would seek out more teachers who inspire relaxation and fun.
If I had my life to live over, I would start barefooted a little earlier in the spring and stay that way a little later in the fall.
I would shoot more paper wads at my teachers.
I would keep later hours.
I’d have more sweethearts.
I would go to more circuses.
I would be carefree as long as I could, or at least until I got some care- instead of having my cares in advance.
I doubt, however, that I’ll do much damage with my creed.
The opposition is too strong.
There are too many serious people trying to get everybody else to be too darned serious.



(there are several versions of this text circulating in Internet. The one above is attributed to Don Harold)

 Taken from http://paulocoelhoblog.com/2012/03/22/i-had-my-life-to-live-over/

Thursday, 29 March 2012

Hay que saber valorar a quien te ama

wowww... preciosooo

La docencia es como un viaje en tren

Confieso que extraño la docencia, pero la extraño cuando los alumnos si querian aprender, extraño hablar con ellos fuera de la clase y reirme con ellos durante la clase. Ojalá algun dia quiera volver a ser maestra porque sigo diciendo que es la mejor profesión que uno puede escojer.



Tuesday, 24 January 2012

A viagem

 "A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso recomeçar a viagem. Sempre."
 José Saramago

Monday, 23 January 2012

Viver é...



Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.
Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.
Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

Site: http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=201111021137&author=20925
Foto: Carla Alves
 

Thursday, 23 June 2011

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'