Tuesday 27 April 2010

I am not mad

Drawing is the honesty of the art. There is no possibility of cheating. It is either good or bad.Have no fear of perfection-you’ll never reach it. Mistakes are almost always of a sacred nature. Never try to correct them. On the contrary: rationalize them, understand them thoroughly. After that, it will be possible for you to sublimate them.
The first man to compare the cheeks of a young woman to a rose was obviously a poet; the first to repeat it was possibly an idiot.
The difference between false memories and true ones is the same as for jewels: it is always the false ones that look the most real, the most brilliant. At the age of six years I wanted to be a chef. At the age of seven I wanted to be Napoleon. My ambitions have continued to grow at the same rate ever since. Every morning when I awake, the greatest of joys is mine: that of being Salvador Dali. There are some days when I think I’m going to die from an overdose of satisfaction.
I do not paint a portrait to look like the subject, rather does the person grow to look like his portrait. Many people do not reach their eighties because they spend too much time in their forties.
The only difference between me and a madman is that I am not mad.
by Salvador Dali

INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE

*Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:
De mãe para mãe...
Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...
Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.
Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.
No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...
Ah! Já me ia esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só... Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!